Pelo quarto ano consecutivo o curta metragem virou programa de final de semana em comunidades do Rio de Janeiro.
O Curta na Praça é uma iniciativa cultural gratuita, sócio-educativa e familiar, que veio para enriquecer o conhecimento e proporcionar ao público momentos de lazer e reflexão. O projeto tem como objetivo democratizar o cinema brasileiro e resgatar os programas feitos em família. Durante três fins de semanas de 3 a 18 de dezembro, 20 curtas foram exibidos gratuitamente em seis comunidades do Rio de Janeiro. Ao todo, aproximadamente 40 mil pessoas assistiram aos 50 filmes exibidos e participaram votando para escolher os favoritos nos três anos do projeto. Para muitos, foi o primeiro contato com o cinema. As sessões nas comunidades ofereceram pipoca e refrigerante gratuitamente para o público.
Como acontece a cada ano, o evento concentra-se em áreas tangenciadas pela Linha Amarela (Instituto Invepar e Lamsa) patrocinadora do projeto desde o seu início. Sempre em duas sessões que variam de horário em cada local escolhido como a Comunidade Agrícola de Higienópolis em Bonsucesso, na Cidade de Deus, Água Santa, Vila João, Águia de Ouro em Del Castilho. Houve também exibições em três escolas municipais, na Maré e na Cidade de Deus. Nos anos anteriores mais de oito mil crianças participaram do projeto e neste ano foi a vez de mais 2.800 alunos levarem pra si as referências dos temas apresentados nas sessões. Essa parceria destaca o potencial do uso audiovisual na educação, ampliando as possibilidades didáticas.
Nas escolas, as exibições ocorreram durante a semana em três turnos, manhã, tarde e noite. A circulação por Escolas Municipais e Estaduais, Praças e Espaços Públicos do entorno da Linha Amarela abrangeu o Complexo da Maré e bairros das Zonas Norte e Oeste do Rio de Janeiro.
A parceria firmada com as escolas apresentou diferencial educacional. A inclusão de documentários causou impacto no público infantil e infanto-juvenil. O potencial da atividade audiovisual na educação é transformador. A representação da nossa cultura tornou-se uma ferramenta de intervenção, possibilitando o desdobramento em sala de aula e uma ampliação da absorção dos conteúdos propostos pelos filmes. O trabalho motivou a reflexão, a ampliação dos horizontes e a valorização do acesso a uma atividade cultural.
O Curta Na Praça 2011 fortaleceu parcerias, das quais destacamos a Subprefeitura da Zona Norte, a Unidade de Polícia Pacificadora da Cidade de Deus, as Associações e Lideranças Comunitárias, Rioluz, Comlurb, Projecine e Site Porta Curtas.
A divulgação do evento realizada com um mínimo de dez dias de antecedência, em parceria com a subprefeitura, associações comunitárias, lideranças espontâneas, escolas, Ongs e projetos sócio culturais, valorizou atividades sócioculturais e absorve os moradores das localidades como assistentes da equipe de produção e divulgação. A excelência da equipe e a capacidade de se adaptar às adversidades inerentes a montagem de um cinema ao ar livre em bairros violentos e sem estrutura contribuem para o envolvimento dos parceiros e espectadores.
Com o objetivo de identificar o perfil de cada comunidade e escola, o esquema de votação popular foi alterado, deixando de ser uma votação única e passando a ser votação exclusiva para cada comunidade e escola. Ressaltamos que a votação para escolha dos melhores filmes, estimula o desenvolvimento crítico, aguça o exercício intelectual e o sentido de brasilidade dos espectadores.
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A Ilha – Alê Camargo
Amigos Bizarros do Ricardinho – Augusto Canani
Bicho – Vitor Brandt
De 10 a 14 Anos – Marcio Schoenardie
Deus Vai Nos Ajudar – Pedro Carvana
Eu Queria Ser Mostro – Marcelo Marão
Engano – Cavi Borges
Ernesto No País Do Futebol – André Queiroz e Thaís Bologna
Geral – Anna Azevedo
Historietas Assombradas – Victor-
Imagine Uma Menina Com Cabelos De Brasil – Alexandre Berssot
Juro que Vi Saci – Humberto Avelar
Maré Capoeira – Paola Barreto
O Anão que Virou Gigante – Marcelo Marão
Os Filmes que Não Fiz – Gilberto Scarpa
Pajerama – Leonardo Cadaval
X Coração – Lisandro Santos
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