Sucesso de público em todo o Brasil, POR TELEFONE foi a primeira incursão como autor teatral de Antonio Fagundes. Depois das duas temporadas no Rio de Janeiro, a peça com Juliana Teixeira e Jandir Ferrari sob direção de Luís Artur Nunes segue em turnê para outras cidades do país.
POR TELEFONE é uma comédia romântica que conta a história de um casal que é acordado durante a madrugada por um telefonema com a notícia de demissão do marido. O espetáculo aborda, com muito humor, questões sobre a decadência da classe média e assuntos contemporâneos, como corrupção, desemprego e relações de trabalho. “O humor está presente em todo o texto, mas o que o torna engraçado é a própria situação patética de um casal de classe média, que sempre se omitiu e esteve a favor do sistema, que de repente percebe que esse sistema está contra ele”, conta Fagundes.
“O grande charme do texto é a fácil identificação do público e a comunicação, isso com uma excelente carpintaria de dramaturgia. É uma peça que exercita muito o timing dos atores”, detalha Juliana Teixeira atriz e produtora de POR TELEFONE.
Jandir Ferrari divide o palco com a atriz/produtora. “A Juliana me ligou no dia do meu aniversário e falou que estava mandando um texto do Fagundes. Li rapidamente e imediatamente retornei aceitando o presente. Sabia que esse texto já tinha sido usado em várias bancas de mestrado e testes de escolas de teatro. O mais legal é que quando a gente faz a peça, fica claro que o texto foi escrito por um homem de teatro. Os tempos, as situações propostas são muito teatrais”, relata Jandir que fará o personagem que Antonio Fagundes e Luiz Carlos Arutin já interpretaram.
“O Fagundes tem uma qualidade de teatralidade autoral que é muito forte e muito saborosa. POR TELEFONE é um texto escrito por alguém que tem uma vivência íntima com o palco. O jogo de interação entre os dois personagens é extremamente teatral: tem humor, tem Brasil e popularidade” explica o diretor Luís Artur Nunes que utiliza uma linguagem extremamente realista, embora a história seja um pouco surrealista. “Imagina você ser demitido às 04h15 da manhã pelo telefone? Depois, ainda, receber a notícia de invasão da sua residência e de sua prisão? Isso tudo pelo telefone. A maneira que os personagens reagem é tão humana que quanto mais realisticamente a encenação for feita, mais esse absurdo da situação vem à tona”, finaliza Luís Artur.